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blog sobre "Os Portugueses Descobriram a Austrália? - 100 Perguntas sobre Factos, Dúvidas e Curiosidades dos Descobrimentos", de Paulo Jorge de Sousa Pinto
"Menos dignas, frágeis, passivas, lascivas, astutas e más: eram estas, em suma, as características femininas consagradas na tradição europeia. Quando se fala do papel que as mulheres terão desempenhado nas viagens de descobrimento, na colonização do Brasil ou na administração do Estado da Índia, é frequentemente esquecida uma dimensão básica e fundamental: as mulheres tinham um estatuto de clara inferioridade porque os sábios da Antiguidade, a Bíblia Sagrada e os Doutores da Igreja atestavam que eram naturalmente inferiores aos homens."
"Um exercício de imaginação: alguém consegue conceber a imagem de gigantescas armadas a sair de Lisboa e a percorrer os portos do Mediterrâneo e do Norte da Europa, impondo a vassalagem dos monarcas europeus ao rei de Portugal?"
"João de Barros confirma que os chineses acreditavam, nesse tempo, que os portugueses realmente raptavam moças e moços «e que os comíamos assados»."
"Numa animada discussão havida há alguns anos na blogosfera, um blogger ficou irritado – e com o ego patriótico ferido, ao que percebi – por eu me ter referido aos soldados de Afonso de Albuquerque como «tropa fandanga», expressão alegadamente ofensiva do que então chamou de «exército português na Índia». (...) A verdade é que a expressão significa apenas gente indisciplinada, e os homens que Albuquerque comandou eram-no, sem dúvida."
"O seu livro contém ainda uma expressão célebre, que sintetiza o seu sentimento de frustração: o interior do Brasil não era explorado «por negligência dos portugueses, que sendo grandes conquistadores de terras não se aproveitam delas, mas contentam-se de as andar arranhando ao longo do mar como caranguejos»."
"Num certo dia de 2007, o Correio da Manhã publicou uma crónica do seu vice-diretor, que acompanhava a visita do Presidente da República à Índia, com as suas impressões de Goa. Lembro-me de ter então pensado que, das duas, uma: ou o autor não percebeu nada do que viu ou escreveu sem nunca lá ter posto os pés (...)".
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